Guarda Municipal vai usar
armas até o final do ano
E nova central é inaugurada com 43 câmeras de vigilância, que captarão imagens geradas em pontos pré-determinados da capital, como centros de saúde, durante 24 horas por dia
Fernando Zuba - Repórter - 27/08/2010 - 18:27
RENATO COBUCCI
Coorporação contará também com o auxílio de 43 câmeras de vigilãncia
Até o fim deste ano, agentes da Guarda Municipal estarão definitivamente de armas em punho, garante o secretário municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, Genedempsey Bicalho. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (27), durante a inauguração da central de videomonitoramento da própria Guarda Municipal, que contará, inicialmente, com 43 câmeras de vigilância na cidade. “Nossa prioridade é proteger o patrimônio público, principalmente as escolas e unidades de saúde, mas temos que desenvolver um trabalho complementar, em defesa do cidadão, em todas as áreas comerciais da cidade”, explicou o secretário.
No último mês de junho, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, assinou convênio com a Polícia Federal, que autoriza o uso de arma de fogo pela Guarda Municipal. O efetivo da corporação, composto atualmente por 1.831 agentes, foi treinado conforme exigências e requisitos do Estatuto do Desarmamento.
Os guardas municipais foram submetidos a testes psicológicos, de investigação social e curso de tiro. Porém, apenas 350 deles, que atuam em áreas consideradas mais críticas, receberão revólveres e pistolas semiautomáticas. Todo o armamento – 300 revólveres calibre 38, 50 pistolas 380 e 13.382 munições – que custou R$ 900 mil, foi comprado em 2006, e, desde então, está estocado em depósitos da prefeitura.
Mas, se o ditado diz que “prevenir é melhor do que remediar”, antes da permissão do uso de armas por parte de agentes da Guarda Municipal, a população de Belo Horizonte será monitorada por mais câmeras de vigilância eletrônica, que já estão instaladas em locais públicos de grande movimentação. Por enquanto, são 199 aparelhos no total. É que a Guarda Municipal inaugurou sexta-feira a sua central de monitoramento, que dispõe inicialmente de 43 câmeras que captarão imagens geradas em pontos pré-determinados da capital, durante 24 horas por dia.
“Trata-se da coordenação de esforços em conjunto com os órgãos municipais, estaduais e federais, com o objetivo de produzir segurança pública a partir da prevenção e repressão ao crime e à violência de maneira mais efetiva e integrada”, disse Bicalho.
Os novos equipamentos se somarão às 156 câmeras da Polícia Militar, responsável por coordenar o programa Olho Vivo, que tem por objetivo combater e inibir a criminalidade em diferentes regiões da capital, como no Hipercentro, Savassi e Barro Preto, além de alguns pontos estratégicos das regiões Noroeste e Pampulha.
Até 2012, segundo o prefeito Marcio Lacerda, como prevê o Planejamento Estratégico da capital, no quesito meta Cidade Segura, 170 câmeras serão instaladas na capital e Região Metropolita de Belo Horizonte. “As câmeras da Guarda Municipal vão incrementar a segurança não só no Centro da cidade, mas em escolas públicas e centros de saúde instalados em bairros periféricos que estão mais expostos à violência”, destacou o prefeito.
Os locais de instalação das novas 43 câmeras não foram informados, pois, de acordo com a Guarda Municipal, o efeito surpresa, que visa flagrar e identificar infratores, é levado em consideração.
No entanto, durante a apresentação da central de videomonitoramento, quatro pontos foram revelados pela corporação a título de demonstração: o mirante do Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul, Parque Municipal Américo René Giannetti e Praça da Estação, no Centro da cidade, e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Barreiro. Os equipamentos foram instalados em 17 pontos da cidade.
Para a implantação do sistema de videomonitoramento da Guarda Municipal foi investido o valor de R$ 1,74 milhão. O Ministério da Justiça repassou R$ 929 mil. A prefeitura de Belo Horizonte disponibilizou cerca de R$ 811 mil para a compra de câmeras, servidores de imagens e de gravação, além de softwares de gravação e outros equipamentos eletrônicos necessários para a implementação da central de vigilância da corporação.