Roger Victor
Marcio Lacerda

Criada em 20 de janeiro de 2003 e subordinada à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, a Guarda Municipal de Belo Horizonte (GMBH) teve nesta terça-feira (26) seu plano de carreira aprovado. Atualmente com 2.384 integrantes, além de cerca de 27 oficiais da reserva da Policia Militar em postos estratégicos e de comando - o que motivou denúncias do sindicato dos guardas de que a GMBH estaria sendo transformada numa espécie de "cabide de emprego - nesta terça, em solenidade na sede da corporação, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) sancionou o Projeto de lei 2214/12 que instituiu uma escala de nove níveis dentro da GMBH.

O primeiro nível será o do guarda municipal de segunda classe com salário de R$ 1.375 mais benefícios, ou seja, o recém-aprovado em concurso. Após algum tempo e curso preparatório, ele pode chegar ao segundo nível - guarda de 1º classe - que, hoje, tem direito a salário de R$ 1.540 mensais benefícios, sucessivamente. O último cargo, nono na escala, é o de superintendente, cujo salário não foi divulgado.

Logo depois da solenidade, Lacerda enalteceu a importância do plano de carreira nos quadros da corporação "como uma perspectiva concreta e motivação para os integrantes da corporação". Provocado pelos jornalistas, disse que espera ganhar a reeleição já no primeiro turno e prometeu que cumprirá o mandato até o final, dando a entender que não irá se candidatar a governador.

O secretário municipal de Segurança Urbana, coronel Genedempsey Bicalho, descartou a implantação do plano de carreira e admitiu que, hoje, a GMBH tem 27 oficiais - inclusive ele - ocupando postos na corporação. Segundo ele, como a Guarda é uma instituição jovem, sua estrutura só tem a ganhar com a experiência de militares da reserva. O último militar a ser incorporado é o ex-comandante geral da PM, coronel da reserva Hélio dos Santos. Bicalho também disse que os guardas municipais já estão aptos a portar armas, mas por enquanto essa data ainda não foi definida.

O inspetor Charles Alexandre Augusto avaliou que a implantação do plano de carreira servirá como fator de motivação para os integrantes da corporação. "É um sonho antigo que, finalmente, se concretizou", resumiu.