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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

POLICIAIS REFORMADOS INVADEM A PREFEITURA DE SANTA LUZIA 

A Prefeitura de Santa Luzia abriu as portas para os policiais militares reformados e civis aposentados. Os oficiais e civis, que se aposentam com idade produtiva, turbinam seus salários em cargos comissionados de empresas públicas, autarquias e secretarias. Além do Setor de Posturas que virou uma caserna de policiais reformados, há inúmeros policiais na Secretaria Municipal de Segurança Pública, de Trânsito e Transporte, Defesa Civil e na Segurança Pessoal do Prefeito. A estimativa é de que cerca de 25 policiais reformados ocupam os quadros da PSL. A prefeitura nega os números, alegando não saber informar quantos são.
A Postura Municipal é o setor que mais possui policiais reformados. Eles são responsáveis por coordenar as ações de fiscalização e licenciamento, de acordo com os dispositivos legais do Código de Posturas, do Regulamento de Limpeza Urbana, das leis que regulamentam as construções, o licenciamento ambiental e demais leis vigentes no município. O setor é coordenado pelo reformado sargento da PM, Vitório. Os profissionais do setor de postura têm desagradado a muitos dentro do município, pois em várias situações os mesmos agem de forma truculenta e desrespeitosa. Nessa semana uma das caminhonetes de luxo do setor de Posturas (que muitos dizem ser de um vereador, que recebe 12 mil mensais de aluguel da prefeitura), foi flagrada por populares estacionada em local proibido em uma das ruas mais movimentadas do município. O fato gerou ainda mais revolta na população.
Uma fonte ligada ao prefeito Carlos Calixto (PSB) contou que foi ele quem solicitou a contratação de militares para os cargos de fiscais de postura. Durante reunião, realizada no auditório da prefeitura no começo deste ano, com o tema Código de Posturas do Município de Santa Luzia – Aplicação e fiscalização, ficou decidido a criação de um quadro de supervisores com militares reformados, que foram incumbidos de fazer vistoria nas ruas, mas sem exercer poder de polícia. Mas parece que não é isso que vêm acontecendo.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
No primeiro escalão da Secretaria de Segurança Pública Municipal, estão dois policiais civis aposentados: o diretor de segurança pública, Dr. Islande Batista, profissional com 30 anos de experiência e que já exerceu o cargo de delegado geral no estado quando ainda estava na ativa. O superintendente de segurança pública, inspetor também aposentado da polícia civil, Mário Santos, considerado o braço direito de Islande Batista.
A Guarda Municipal tem como atual comandante o sargento reformado da polícia militar, Hamilton Carvalho, que sempre trabalhou em Santa Luzia quando estava na ativa e já foi candidato a vereador no município. No inicio deste mês, o sargento também reformado da PM Herbert Torquato que era o responsável direto pelos vigias, assumiu o cargo de subcomandante da Guarda Municipal. A indicação de Torquato ao cargo revoltou os Guardas que paralisaram suas atividades no último sábado, usando como uma das reivindicações a aprovação de um plano de carreira que possibilite que um guarda de carreira chegue ao posto de subcomandante da instituição.
Pra piorar, o chefe do executivo adquiriu esse mês três viaturas, que todos achavam que seriam cedidas a Guarda Municipal, que por sua vez, está com a frota de veículos totalmente sucateada, com somente uma viatura em condições plenas de uso para atender a cidade inteira. Os veículos recém-chegados foram plotados como “Patrulha Patrimonial”, mas não serão utilizadas pela Guarda, pois a ideia do Prefeito é contratar mais policiais reformados para fiscalizar os vigias e o Patrimônio Público. Parece que outros setores estão usurpando as funções da Guarda em nosso município. Estamos diante de um prefeito que não gera emprego, pois o mesmo acabou com o SINE Municipal e ao invés de contratar profissionais do município que muitas vezes necessitam, ele prefere contratar policiais aposentados, que por sua vez já recebem um salário bastante razoável do Estado.
Em entrevista ao jornal “O Estado de Minas” a presidente do sidicato do servidores, Célia Lélis, disse que ao invés de contratar policiais militares reformados e ou civis aposentados, a PSL deveria aproveitar os profissionais do seu quadro de efetivos. “Servidores de carreira poderiam estar ocupando esses cargos”, reivindicou.
Também em entrevista ao mesmo jornal o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais (SINDIGUARDAS), Pedro Ivo Bueno da Silva, disse que o militarismo imposto na Guarda impossibilita a presença de uma identidade própria. “Os comandantes militares trazem a experiência de anos de carreira na PMMG e querem implantar em uma instituição completamente civil e comunitária os regulamentos arcaicos da instituição militar”.

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