Suspeito de atirar em guarda de UPA é preso e diz que "jogaria bola de gude com cabeça do oficial"
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O suspeito de ter atirado em guarda municipal e enfermeira na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Primeiro de Maio, na região norte de Belo Horizonte, foi preso.
Rafael Maciel Corrêa, de 26 anos, o "Sinistro", foi detido durante atendimento de ocorrência de roubo de veículo no final da noite dessa quarta-feira (26).
Corrêa foi denunciado por mulher flagrada em atitude suspeita perto de carro no bairro Jardim Vitória, na região nordeste da capital mineira. Ao ser questionada sobre a origem do veículo, a suspeita confessou que ele havia sido roubado no bairro Heliópolis, lado norte, e que era usado na prática de assaltos por ela, Corrêa e outros dois homens.
Por meio de informações da denunciante, o suspeito e os comparsas foram encontrados na rua Pedro Augusto Santiago com outro carro roubado.
O quarteto foi detido em flagrante e, ao ser questionado sobre a tentativa de homicídio na UPA, Corrêa negou, mas confessou que foi até à unidade de saúde no mesmo dia da dupla tentativa de homicídio para visitar o filha, que estava internado.
— Eu fui lá ver minha filha. Minha filha estava internada sô. Aí, o cara me deu um tiro quando eu estava entrando lá. Eu nem vi quem deu tiro não. Estão acusando eu.
Ele ainda afirmou que, se fosse ele quem tivesse atirado no oficial, teria o atingido no rosto e "jogado bolinha de gude com a cabeça da vítima".
Os detidos, que já tinham várias passagens pela polícia, foram encaminhados ao CIA-BH (Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional), onde pareceram não importar com a prisão e até deram gargalhadas.
O crime
O crime ocorreu na madrugada da última segunda-feira (24). O guarda, Leanderson Leonardo de Souza, de 32 anos, foi atingido no braço, costas e peito e a enfermeira, Maria Rangel Santos, de 53, nas nádegas. Os dois receberam os primeiros socorros na própria UPA, mas precisaram ser transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João 23. No entanto, Maria já recebeu alta.
Testemunhas informaram aos militares do 13º Batalhão da Polícia Militar que o guarda e a enfermeira foram baleados depois que três homens chegaram à UPA e pediram ao porteiro para visitarem uma criança. No entanto, o funcionário informou ao trio que apenas uma pessoa poderia entrar e barrou os homens com a ajuda do guarda. Nesse momento, os suspeitos insistiram e disseram que entrariam de qualquer forma. Em seguida, um dos homens colocou a mão na cintura, quando o oficial sacou sua arma taser e disparou contra ele. Porém, rapidamente, o suspeito sacou sua arma, atirou na direção do oficial e fugiu correndo com os comparsas.
Na terça (25), a Polícia Civil identificou e divulgou imagens de um dos suspeitos de invadir a UPA.
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