PT e PMDB de BH reagem a demissões e seguram projeto
Publicado no Jornal OTEMPO em 05/11/2011Avalie esta notícia » 246810.LARISSA ARANTES
As exonerações de 17 funcionários do gabinete do vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) repercutiram ontem na Câmara Municipal. Vereadores utilizaram a tribuna para protestar contra a ação da prefeitura e usaram a emenda do Executivo ao projeto que institui o plano de carreira da Guarda Municipal de Belo Horizonte para questionar os afastamentos. A proposta cria 97 novos cargos comissionados no órgão e estava na pauta de ontem.
Segundo o vereador Arnaldo Godoy (PT), não faz sentido a prefeitura cortar cargos na administração e criar novos postos na Guarda. "O quórum caiu por conta dessa questão política da demissão dos servidores. O clima está quente aqui na Casa, entre vereadores e partidos", justificou. "Fosse essa (demissões) uma medida de contenção, tudo bem. A alegação cai quando vemos o projeto da guarda municipal", criticou.
A prefeitura explicou anteontem, por meio de nota, que os servidores "foram exonerados porque não estavam cumprindo suas funções em consonância com as diretrizes da administração municipal".
Carvalho e o prefeito Marcio Lacerda iniciaram um embate em torno das eleições municipais de 2012. O vice-prefeito afirma que o PT da capital não vai aceitar compor aliança com Lacerda se PSDB também fizer parte da coligação. Para Carvalho, a aliança para 2012 tem que ser realizada entre os partidos da base da presidente Dilma Rousseff. Ele está apostando na união com o PMDB de Leonardo Quintão, o maior rival de Lacerda em 2008.
Legendas. Além da reação na Câmara, partidos aliados de Carvalho e o próprio PT-BH divulgaram notas de repúdio ao acontecimento. "Todo e qualquer ato que importar em agressão ou retaliação a membros do Partido dos Trabalhadores merecerá nosso repúdio", diz o documento petista.
PMDB e PDT, em suas esferas municipais, seguiram a mesma linha. "Lamentamos e repudiamos esta agressão à democracia com atitude tão antirrepublicana de iniciativa do prefeito Marcio Lacerda, que prefere as agressões ao diálogo". Assinam o documento o presidente do PMDB-BH, deputado federal Leonardo Quintão, e do PDT-BH, deputado estadual Sargento Rodrigues. Ambos estão caminhando com Carvalho no sentido de lançar uma candidatura alternativa à de Marcio Lacerda na capital.
Correligionários. Alguns parlamentares petistas minimizaram a atitude da prefeitura. O deputado estadual Durval Ângelo defendeu mais diálogo. "O que ocorreu foi uma afronta ao vice, não ao partido", ressaltou.
Especula-se que os exonerados seriam remanejados para outras funções, mas Carvalho questiona: "Se fosse para remanejar, não teria exonerado. Não faz sentido". A assessoria da prefeitura não soube responder sobre o remanejamento.
Resposta
As exonerações de 17 funcionários do gabinete do vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) repercutiram ontem na Câmara Municipal. Vereadores utilizaram a tribuna para protestar contra a ação da prefeitura e usaram a emenda do Executivo ao projeto que institui o plano de carreira da Guarda Municipal de Belo Horizonte para questionar os afastamentos. A proposta cria 97 novos cargos comissionados no órgão e estava na pauta de ontem.
Segundo o vereador Arnaldo Godoy (PT), não faz sentido a prefeitura cortar cargos na administração e criar novos postos na Guarda. "O quórum caiu por conta dessa questão política da demissão dos servidores. O clima está quente aqui na Casa, entre vereadores e partidos", justificou. "Fosse essa (demissões) uma medida de contenção, tudo bem. A alegação cai quando vemos o projeto da guarda municipal", criticou.
A prefeitura explicou anteontem, por meio de nota, que os servidores "foram exonerados porque não estavam cumprindo suas funções em consonância com as diretrizes da administração municipal".
Carvalho e o prefeito Marcio Lacerda iniciaram um embate em torno das eleições municipais de 2012. O vice-prefeito afirma que o PT da capital não vai aceitar compor aliança com Lacerda se PSDB também fizer parte da coligação. Para Carvalho, a aliança para 2012 tem que ser realizada entre os partidos da base da presidente Dilma Rousseff. Ele está apostando na união com o PMDB de Leonardo Quintão, o maior rival de Lacerda em 2008.
Legendas. Além da reação na Câmara, partidos aliados de Carvalho e o próprio PT-BH divulgaram notas de repúdio ao acontecimento. "Todo e qualquer ato que importar em agressão ou retaliação a membros do Partido dos Trabalhadores merecerá nosso repúdio", diz o documento petista.
PMDB e PDT, em suas esferas municipais, seguiram a mesma linha. "Lamentamos e repudiamos esta agressão à democracia com atitude tão antirrepublicana de iniciativa do prefeito Marcio Lacerda, que prefere as agressões ao diálogo". Assinam o documento o presidente do PMDB-BH, deputado federal Leonardo Quintão, e do PDT-BH, deputado estadual Sargento Rodrigues. Ambos estão caminhando com Carvalho no sentido de lançar uma candidatura alternativa à de Marcio Lacerda na capital.
Correligionários. Alguns parlamentares petistas minimizaram a atitude da prefeitura. O deputado estadual Durval Ângelo defendeu mais diálogo. "O que ocorreu foi uma afronta ao vice, não ao partido", ressaltou.
Especula-se que os exonerados seriam remanejados para outras funções, mas Carvalho questiona: "Se fosse para remanejar, não teria exonerado. Não faz sentido". A assessoria da prefeitura não soube responder sobre o remanejamento.
Resposta
Vereadores já planejam a derrubada da emenda cabidão
A bancada do PT na Câmara Municipal de Belo Horizonte já articula com outros partidos uma forma de derrubar a emenda 4 - incluída ao projeto de lei que estrutura a carreira da Guarda Municipal de Belo Horizonte e que determina a criação de 97 cargos comissionados na prefeitura da capital. A proposta, que já está sendo chamada de cabidão, tem sido considerada desnecessária e sem justificativa pelos parlamentares.
O líder do PT na Câmara, vereador João da Locadora, afirma que não há motivos para a criação de tantos cargos ter sido incluída em um projeto como esse. "Para mim, é uma emenda ‘frankenstein’, porque está em um projeto que trata de questões totalmente diferentes", critica. Segundo o petista, será preciso muita discussão na próxima semana.
O também vereador petista Arnaldo Godoy foi enfático nas críticas ao prefeito Marcio Lacerda (PSB). "O prefeito, quando assumiu, disse que iria enxugar a máquina pública. No entanto, desde que assumiu, ele já criou 318 cargos comissionados", argumenta.
Já prevendo a polêmica na próxima semana, o líder do governo na Câmara, vereador Tarcísio Caixeta (PT), disse que vai considerar propostas alternativas. "Essa é a proposta do Executivo, mas é possível negociar", disse.
Na justificativa à emenda, Lacerda afirma que a proposta busca "atender as necessidades de aprimoramento da gestão dos serviços públicos, inclusive as desempenhadas pela Guarda Municipal".
Caso aprovado em segundo turno, o projeto vai gerar impacto de R$ 3,1 milhões aos cofres.
A bancada do PT na Câmara Municipal de Belo Horizonte já articula com outros partidos uma forma de derrubar a emenda 4 - incluída ao projeto de lei que estrutura a carreira da Guarda Municipal de Belo Horizonte e que determina a criação de 97 cargos comissionados na prefeitura da capital. A proposta, que já está sendo chamada de cabidão, tem sido considerada desnecessária e sem justificativa pelos parlamentares.
O líder do PT na Câmara, vereador João da Locadora, afirma que não há motivos para a criação de tantos cargos ter sido incluída em um projeto como esse. "Para mim, é uma emenda ‘frankenstein’, porque está em um projeto que trata de questões totalmente diferentes", critica. Segundo o petista, será preciso muita discussão na próxima semana.
O também vereador petista Arnaldo Godoy foi enfático nas críticas ao prefeito Marcio Lacerda (PSB). "O prefeito, quando assumiu, disse que iria enxugar a máquina pública. No entanto, desde que assumiu, ele já criou 318 cargos comissionados", argumenta.
Já prevendo a polêmica na próxima semana, o líder do governo na Câmara, vereador Tarcísio Caixeta (PT), disse que vai considerar propostas alternativas. "Essa é a proposta do Executivo, mas é possível negociar", disse.
Na justificativa à emenda, Lacerda afirma que a proposta busca "atender as necessidades de aprimoramento da gestão dos serviços públicos, inclusive as desempenhadas pela Guarda Municipal".
Caso aprovado em segundo turno, o projeto vai gerar impacto de R$ 3,1 milhões aos cofres.
.http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=187088,OTE&busca=camara%20municipal%20de%20bh&pagina=1
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