O Fora Lacerda não se cala não

Em: 24/07/2012 - Por: Carlos Soares

Com o Fora Lacerda o conto não é da carochinha

Rodrigo Ávila

“Podem me prender, podem me bater
Podem até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião.”
Zé Ketti

Acham que somos um grupo pequeno. Pequeno? Apenas quando se trata de Lacerda contar o número de gente que ele acha que se reúne. Mas somos enormes! Enormes? Sim, sobretudo quando contamos o que cabe dentro dos nossos corações vestidos de alaranjado.

Esse grupo carrega em si, e compartilha com doçura, o amor incondicional por sua cidade e foi pelo amor a ela e pelos mandos e desmandos desarticulados de seu prefeito que um dia se reuniu em uma praça/praia para nunca mais se desembolarem.

Naquele dia fazia um sol quente de inverno e as ideias daqueles apaixonados se misturou tal qual um novelo de lã de quem costura algo grande, firme e indestrutível. Estava lançado o Fora Lacerda, o movimento histórico que combateria o pior e mais maléfico prefeito que já governou a cidade de Belo Horizonte. Estava criada, literalmente e como nunca, a expressão: juntos, embolados e misturados.

Dessa massa bem formada, surgiram praias, carnavais, ações políticas, ações políticas festivas e marchas que levaram até à cidade de Belo Horizonte o grito de guerra que cada cidadão envergonhado porque achava estar sozinho, mantinha na garganta: FORA LACERDA!

Mas Lacerda não é um poste como muitos dizem, ele é a personificação do líder arrogante, maquiavélico, triste e deprimido. Então com tanta alegria pela cidade e ainda pedindo que ele sumisse de BH, o que lhe restou foi resmungar. De seu resmungo, que inicialmente tentava desqualificar o movimento popular como pequeno e mesquinho, surgiu o ódio. E Lacerda cismou de ameaçar.

Começou via telefonemas! Então vários membros do grupo receberam ameaças verbais, depois não se contendo foi aos jornais dizer que iria processar, esculhambar e botar pra quebrar. “Quem eles pensam que são” talvez tenha pensado alguma vez em um banho gelado. E não esfriou nem com a ducha! Em sua ira irritadiça chegou a pedir aos seus cães de aluguel que nos ameaçasse morder! Matar!!! Matar!!! E etc. e tal.

Mas o grupo sabia Chico de cor e salteado e dizia ao pé de seu ouvido: “Apesar de você amanhã há de ser outro dia. Eu pergunto a você: onde vai se esconder da enorme euforia? Como vai proibir (…) Água nova brotando e a gente se amando sem parar” e a música entrava pelos ouvidos daquele mau administrador como um grito de guerra.

E o grupo não arredou e não arredará o pé! E foi quando esteve mais ameaçado, até de morte, é que cresceu! É que viu que não é um grupo pequeno! Somos enormes! Nos espalhamos como uma manta silenciosa que cobre a cidade inteira!!! Estamos no cochicho de todos, estamos no apoio e carinho de cada belo horizontino! Estamos até em gente que almoça junto de Lacerda!

Agradecemos de todo o coração e com toda a força que temos por todos os apoios que temos recebido de todo canto, cantinho e cantão dessa NOSSA cidade linda, seja nas ações de rua, no amparo contra as tentativas de intimidação, pela divulgação na internet, ou por fiscalizar e denunciar as barbaridades que a prefeitura tem cometido.

Somos muito, estamos juntos, embolados e misturados e não estamos sós.