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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Guardas municipais de Fortaleza aderem movimento de policiais


29/12/2011 21h59 - Atualizado em 29/12/2011 22h15


Policiais militares paralisaram atividades; governo não reconhece.
Guardas não podem trabalhar sem PM em festa de réveillon, diz sindicato.

Giselle Dutra e André TeixeiraDo G1 CE
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Temendo represálias, alguns servidores improvisaram máscaras para não ser identificados. (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Policiais improvisaram máscaras para não serem
identificados, por temerem represália.
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Os guardas municipais de Fortaleza aderiram à paralisação dos policiais militares na noite desta quinta-feira (29), segundo Márcio Cruz, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais da Região Metropolitana de Fortaleza (Sindiguardas). De acordo com ele, o trabalho da categoria nas festas de réveillon está condicionado à presença da PM. "Se a polícia não for, não tem como a Guarda trabalhar, nós trabalhamos sem armas", disse Márcio.

A Prefeitura de Fortaleza e a direção da Guarda Municipal, no entanto, afirmam que o efetivo está garantido para a festa no Aterro da Praia de Iracema.
Segundo Márcio, os guardas municipais também estão sendo convocandos no ginásio poliesportivo da Parangaba, em Fortaleza, onde os policiais militares que decidiram pela paralisação estão concentrados.
Policiais militares, bombeiros e policiais civis decidiram em assembleia nesta quinta-feira (29) paralisar as atividades até negociarem com o governo do estado sobre reivindicações salariais. Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados Militares do Ceará (ACSMCE), cabo Flávio Sabino, as principais reivindicações dos servidores são escala de 40 horas semanais, promoções e reajuste salarial de 80% até o fim de 2015.
Festa do réveillon
No início da noite desta quinta-feira, houve uma reunião no Paço Municipal entre a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e representantes dos órgãos envolvidos na segurança da festa de réveillon do Aterro da Praia de iracema. Segundo o titular da Guarda Municipal, Arimá Rocha, o representante da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Militar garantiu que "com ou sem paralisação" o efetivo está garantido. "Não quero abordar o problema da Polícia Militar porque não me diz respeito, mas o comando da PM declinou 800 policiais militares e nós contamos com isso", disse Arimá Rocha, que lembrou que a expectativa para a festa é de um público de 1,5 milhão de pessoas.
Participaram da reunião os representantes da Secretaria de segurança Pública do estado, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Defesa Civil, Autarquia Municipal de Trânsito, Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), secretarias executivas regionais II, IV, VI e do Centro, além da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) e Secretaria Municipal de saúde.
Acordo 
A assessoria da Guarda Municipal de Fortaleza garantiu ainda que a categoria vai trabalhar normalmente no réveillon,  segundo ficou acertado em reunião no final da tarde desta quarta-feira (28) com o Sindiguardas-CE. O presidente do sindicato confirma o que ficou acertado na reunião, mas disse que a decisão ficou condicionada à posição da Polícia Militar.

De acordo com a assessoria da Guarda Municipal, 520 guardas estão escalados para trabalhar na noite de réveillon, sendo 370 destinados à festa no Aterro da Praia de Iracema, onde é esperada a maior concentração de moradores e turistas. Além disso, foram contratados 280 seguranças privados para a estrutura física do evento. "Isso é estrategicamente pensado para não tirar o foco da Polícia Militar e da Guarda na segurança da população", disse a assessoria.
Ainda de acordo com a Guarda, o sindicato aceitou manter as atividades durante os festejos sob a promessa de aumentar o pagamento de 20 horas para 30 horas o valor da gratificação, além aumentar de duas para quatro folgas pelo dia trabalhado, além de um "elogio" na ficha funcional.
Secretaria de Segurança Pública
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou por meio de nota que não identifica nenhum movimento anormal dentro da Polícia Militar até o presente momento. As escalas estão sendo cumpridas "absolutamente" dentro da normalidade.
Sobre o movimento que aconteceu no Ginásio da Parangaba, onde havia aproximadamente 400 pessoas, foi detectado, segundo a SSPDS, que a maioria era composta de pessoas alheias ao Sistema de Segurança. A Secretaria informa ainda que caso seja identificada qualquer atitude no sentido de indisciplina, as medidas cabíveis serão adotadas de acordo com a Lei.

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