Na estreia de BH na Copa, professores, policiais e jovens prometem protesto na Pampulha
Luiz Costa/Hoje em Dia
Sábado (14) aproximadamente 8 mil jovens saíram pelas ruas de Belo Horizonte
Professores, policiais civis e estudantes vão unificar suas reivindicações em um protesto único marcado para esta segunda-feira (17) às 13 horas. A concentração vai acontecer em frente à Igreja São Francisco, na Pampulha, mas ainda não está definido se haverá passeata e qual será a rota. Na mesma região, acontecerá o jogo entre Taiti e Nigéria às 16 horas no estádio do Mineirão.
Um evento criado no Facebook pela presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, ressalta que o movimento é contra os governantes corruptos e contra a retirada de direitos da população. "Ninguém é dono dos recentes atos de rua, o movimento é de todos, mas a unificação aglutina forças no momento que o nosso estado é vitrine com a Copa das Confederações. Não teremos outra oportunidade como essa!", cita o texto do evento.
As manifestações ganharam força depois que uma liminar da Justiça proibiu a realização de protestos em Minas Gerais durante a Copa das Confederações. Em caso de descumprimento, a decisão prevê ainda multa diária de R$ 500 mil para as entidades. Entretanto, representantes do Sind-UTE/MG e do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG) decidiram manter os atos previstos.
De acordo com o professor de Geografia, Matheus Costa, um dos organizadores do movimento pela redução da passagem em Belo Horizonte, a expectativa é que a manifestação prevista para esta segunda-feira reúna milhares de pessoas na Pampulha. "O governo tem priorizado a Copa do Mundo em detrimento de problemas que são enfrentados diariamente pela população, como o alto preço das passagens e problemas no trânsito. É isso que queremos mostrar com esse protesto".
No último sábado (15), aproximadamente 8 mil jovens saíram pelas ruas de Belo Horizonte contra o preço das passagens de ônibus e também pedindo por mais atenção dos governantes às questões como saúde, segurança, mobilidade urbana e meio ambiente. Mas a expectativa de Matheus é que esta manifestação reúna ainda mais pessoas. "Ontem [sábado] seria apenas uma reunião, mas se transformou em uma manifestação de tanta gente que chegou", ressaltou.
Plantão jurídico
Um plantão jurídico organizado por jovens adovogados para a manifestação do último sábado (15) será mantido durante o ato unificado programado para segunda-feira. A iniciativa prevê o cadastro de advogados dispostos a defender os manifestantes que, por ventura, venham a ser presos durante o ato público. Conforme o autor do evento no Facebook, Marco Aurélio Corrêa, na passeata de sábado nenhum manifestante foi detido.
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