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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Escolas da capital foram alvo de dois crimes por dia em 2011
Equipes de policiais irão visitar escolas e entrevistar alunos, professores e pais
Publicado no Jornal OTEMPO em 01/02/2012
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LUCIENE CÂMARA
Especial para O Tempo
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FOTO: ANGELO PETTINATI - 13.9.11
Violência. Policiais militares são chamados por causa de ameaça de bomba em escola de Contagem
A cada dia letivo de 2011, cerca de dois crimes foram praticados nas escolas públicas e privadas da capital, totalizando 375 ocorrências durante o ano. Os dados são da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e englobam casos de violência contra a pessoa, como agressões entre alunos e professores, e também contra o patrimônio, que incluem pichações e carteiras quebradas.

Na tentativa de reduzir esses índices de violência, a Polícia Militar anunciou ontem uma nova ação para 2012: o Programa de Proteção Escolar (PPE). De acordo com a corporação, todos os colégios públicos e particulares de Belo Horizonte serão atendidos, o que corresponde a cerca de mil instituições de ensino.

Na primeira fase da operação, que começa na próxima semana, 87 equipes de policiamento farão visitas às escolas para entrevistar profissionais de educação, alunos e moradores sobre a criminalidade no local. Entre os militares, estão aqueles que já atuam no Programa Educacional de Redução às Drogas (Proerd). "Vamos verificar, por exemplo, se há bares no entorno e indícios de tráfico de entorpecentes", explicou a tenente Débora Santos, assessora de comunicação do Comando de Policiamento da Capital. Após o Carnaval, a PM já quer ter o diagnóstico pronto para iniciar um trabalho de repressão na comunidade e também de prevenção, com palestras que envolvam familiares.

Para o antropólogo Luís Roberto de Paula, professor da Faculdade de Educação (FaE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é preciso identificar primeiro os problemas para depois traçar um plano de ação específico para cada escola. "Não adianta um trabalho genérico, que não leve em consideração a situação de cada bairro", ressaltou. Além disso, ele diz que o diálogo com a população precisa sempre vir antes da repressão à violência. "O combate ostensivo por si só não resolve nada", disse.

Enquanto isso, a Escola Estadual Djanira Rodrigues de Oliveira, no bairro Jardim dos Comerciários, em Venda Nova, já registrou vários crimes somente em janeiro, durante a reposição de aulas. "Motoqueiros invadiram a escola, estudante foi flagrado com réplica de revólver e todo dia a escola é apedrejada", relatou a professora Graziella Souza, 35. Segundo ela, não há um trabalho de conscientização com os alunos e a polícia nem sempre está na região.
Ano letivo começa na rede sem os detectores de metais
As aulas nas escolas municipais de Belo Horizonte terão início amanhã sem os prometidos detectores de metais, que deveriam ser instalados até o começo do ano letivo de 2012. O prazo foi estipulado pela Lei 10.204, sancionada em junho passado pelo prefeito Marcio Lacerda. Por enquanto, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial informou que estuda que
tipo de detector será instalado nas escolas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, o equipamento será instalado ao longo deste semestre nos 72 colégios previstos na lei, que são aqueles com mais de 500 alunos. No mesmo período, o órgão promete instalar câmeras de vigilância nas 186 escolas municipais da capital. (LC)

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