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sábado, 4 de dezembro de 2010

Comissão Especial de Investigação

GUARDA MUNICIPAL

03/12/2010

Comissão apura denúncias sobre a instituição


Comissão apura denúncias sobre a instituiçãoA Comissão Especial sobre a Guarda Municipal de Belo Horizonte reuniu-se, no dia 3 de dezembro de 2010, com o secretário municipal adjunto de Recursos Humanos, Márcio Serrano, e o corregedor da corporação, coronel Roberto Rezende, para que estes prestassem esclarecimentos sobre os documentos referentes aos contratos dos concursos realizados pela Fundação Guimarães Rosa (responsável pelas provas) e sobre as denúncias de nepotismo na Guarda.
O primeiro a se pronunciar foi o secretário Márcio Serrano, que está a frente da Secretaria desde fevereiro de 2009. Ele alegou que não tem ciência dos documentos referentes aos contratos para a realização de concursos públicos da Prefeitura anteriores à sua administração, ou seja, ele não tem conhecimento dos contratos firmados com a Fundação Guimarães Rosa para realizar o processo seletivo da Guarda Municipal.
Entretanto, ele afirmou que todos os documentos são encaminhados à Procuradoria Geral do Município que, por sua vez, os analisa e emite o parecer favorável ou não para firmar-se acordo.
Ao ser questionado pelo vereador Cabo Júlio (PMDB) quanto à qualidade dos serviços da Fundação Guimarães Rosa, Serrano declarou que a entidade atendeu muito bem o serviço contratado, sobretudo, na questão de cumprimento dos prazos. O secretário afirmou também que os exames psicotécnicos desenvolvidos por empresas contratadas pela Fundação para o armamento dos guardas “foram elaborados por pessoas habilitadas para tal e com os melhores parâmetros para a realização destes testes”.
O corregedor da Guarda, coronel Roberto Resende, esclareceu as denúncias de que haveria práticas de nepotismo dentro da corporação, inclusive, de sua parte, uma vez que dois de seus filhos – um psicólogo e o outro policial militar – haviam prestado serviços para a entidade.
Adriano, psicólogo, atendia de forma voluntária os guardas e, após a criação da gerência do trabalho, foi contratado junto com outros dois psicólogos, “pelo fato de ser conhecido e querido pelos guardas”, afirmou Resende.
A vereadora Elaine Matozinhos (PTB) criticou a presença do psicólogo, uma vez que o guarda que fosse consultado não “poderia se sentir à vontade de contar suas insatisfações no trabalho para o filho do corregedor”.
Resende lembrou que, quando entrou em vigor a súmula vinculante impedindo a prática de nepotismo, ele informou que seu filho trabalhava para a corporação e, por este motivo, Adriano teve seu contrato encerrado.
No caso de seu filho policial, tenente Resende, o corregedor explicou que ele e mais quatro policiais foram recomendados pelo Batalhão da Polícia Militar da ROTAN para prestar treinamento aos guardas municipais sobre como lidar com situações que envolvem drogas e outras substâncias ilícitas em locais públicos. O corregedor afirmou que seus filhos trabalharam por “méritos próprios” e que ele não teve “qualquer participação na contratação” deles.
Na próxima sexta-feira, dia 10 de dezembro, o Procurador-Geral do Município, Dr. Marco Antônio de Rezende Teixeira, será ouvido pelos membros da Comissão.
Estiveram presentes à reunião os parlamentares Ronaldo Gontijo (PPS), Alexandre Gomes (PSB), Elaine Matozinhos (PTB) e Cabo Júlio (PMDB).

Responsável pela Informação: Superintendência de Comunicação Institucional.


Fonte: http://www.cmbh.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=38183&Itemid=199&filter=

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