Guarda Municipal denuncia irregularidades na administração da Instituição.
Denúncias de grampos, demissões arbitrárias, nepotismo, perseguições, dispensa de licitação para a compra de uniformes e a realização de concursos envolvendo a Guarda Municipal de Belo Horizonte vêm sendo investigadas por uma comissão especial criada na Câmara Municipal. As acusações envolvem também a Fundação Guimarães Rosa, responsável pela realização dos concursos.
De acordo com as denúncias, que partiram do vice-presidente da Associação dos Guardas Municipais da Região Metropolitana (Asgum), Renato Rodrigues da Conceição, a fundação foi contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte, sem qualquer licitação, para treinar e capacitar os agentes da Guarda, a fundação é dirigida por ex- policiais militares que ocupam cargos de direção na Guarda. Um coronel e membro do conselho curador da FGR, José Martinho Teixeira, foi o comandante da Guarda Municipal até junho deste ano, sendo exonerado do cargo após denuncias de “grampo” na sede da instituição.
O Secretário Municipal de Segurança Pública e Patrimonial de Belo Horizonte, o coronel Genedempsey Bicalho afirmou que a responsabilidade pelas contratações feitas para a Guarda Municipal, incluindo os serviços prestados pela fundação Guimarães Rosa, não é da “alçada” dele e que sua pasta não tem competência para celebrar este tipo de convenio. Quanto as acusações de nepotismo o Secretário informou que conhecia os nomes citados, mas não soube dizer onde todos trabalhavam, nem os cargos ocupados.
De acordo com o diretor do Sindguarda, Pedro Bueno, outra insatisfação manifestada pelos guardas municipais é o fato de a Guarda ser uma entidade civil, mas extremamente militarizada, submetida a alguns regimentos militares, “a Guarda esta passando por uma crise de identidade, buscamos um enquadramento mais adequado para a categoria”, esclareceu.
Matéria publicada no Jornal Grande Minas - Nov/2010
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