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domingo, 2 de maio de 2010

Suspeito tenta atropelar Guarda Municipal que revida com tiros,os disparos acabaram atingindo garoto

"Felizmente, a bala não pegou no cérebro", diz pai de garoto baleado em Novo Hamburgo
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as circunstâncias do disparo que atingiu Manolo Ferreira da Silva, 12 anos
Clóvis Victória | clovis.victoria@zerohora.com.br
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as circunstâncias do disparo que atingiu o garoto Manolo Ferreira da Silva, 12 anos, na noite de sexta-feira. O guarda municipal Celso Garcia Barbosa, o pai do garoto, Orias Ferreira da Silva, e uma testemunha, que pediu para ter seu nome mantido em sigilo, foram ouvidos entre o início da noite de ontem e a madrugada de hoje na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo.

A partir de segunda-feira, o Instituto-geral de Perícias (IGP) deverá iniciar a coleta de provas no local do incidente, a rótula da Guia Lopes, em frente à sede da prefeitura, no bairro Rondônia. A balística deve esclarecer a trajetória da bala e a origem do tiro.

Uma das circunstâncias que ainda precisam ser esclarecidas diz respeito ao depoimento do guarda municipal. Segundo a Polícia Civil, Celso Barbosa teria dito que estava em uma viatura da Guarda Municipal e avistou um automóvel suspeito. De acordo com essa versão, confirmada pelo secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana de Novo Hamburgo, Luiz Fernando Farias, o guarda municipal teria descido da viatura e solicitado que o veículo suspeito parasse para averiguação na Rua Sapiranga.

O motorista do veículo suspeito não aceitou a abordagem e jogou o carro para cima dele. Foi então que o guarda municipal efetuou dois disparos — disse Farias. O Gol em que o garoto Manolo estava com seu pai está num depósito à espera da perícia. Segundo a Polícia Civil, Celso também procurou a delegacia espontaneamente para registrar a ocorrência dos disparos. Somente na delegacia ele soube que era suspeito de atingir um adolescente.

—Ele está muito abalado com o que aconteceu — disse Farias.


Zero Hora conversou com o pai do garoto na madrugada de sábado, logo após Manolo despertar da cirurgia que retirou a bala de sua cabeça, no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

Zero Hora — O senhor viu de onde partiu o tiro?

Orias — Eu não vi nada. Pensei: "Não vou sair para ver o que aconteceu". Não vi quem atirou nem se tinha uma barreira da Guarda Municipal. Fiz a volta na rótula da prefeitura e fui procurar socorro para o meu filho. Felizmente, a bala não pegou no cérebro. Ficou no couro cabeludo.

ZH — Como foi o trajeto até o hospital? Foi bem na hora do maior movimento de carros nas ruas.

Orias — Demorei uns 20 minutos para chegar ao hospital. Ia buzinando pelas ruas. Em alguns lugares, peguei sinaleira fechada. Onde dava eu passava. Era a hora de mais movimento. Achavam que eu estava louco. Foi difícil. Demorou muito para chegar ao hospital.

Confira a entrevista completa em Zero Hora deste domingo.

ZERO HORA

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