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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Comissão Especial sobre a Guarda ouve psicóloga contratada para realizar os testes para porte de armas

Comissão apura contratos irregulares na instituição

A Comissão Especial sobre a Guarda Municipal de Belo Horizonte reuniu-se nesta sexta-feira, 26 de novembro, para esclarecer detalhes de contratos de prestação de serviços que teriam sido firmados de forma ilícita entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Fundação Guimarães Rosa, responsável pelos concursos públicos da corporação. Apenas duas convidadas compareceram.
Além de promover os concursos para seleção dos Guardas, a Fundação Guimarães Rosa teria contratado empresas, também de forma irregular, para fornecimento de cursos de formação e capacitação profissional e testes psicológicos para a Guarda. As empresas estariam ligadas a comandantes da corporação ou seus parentes. Para esclarecer estas contratações, a Comissão convidou os dirigentes das entidades envolvidas.
O coronel José Martinho Teixeira, ex-Comandante da Guarda Municipal e membro do Conselho Curador da Fundação Guimarães Rosa, não atendeu ao convite da Comissão. Os representantes da Clínica MedWork e da empresa Citerol, que fornece os uniformes da corporação, também não compareceram à reunião.

Foi ouvida a psicóloga Solange Rodrigues Coelho, proprietária da Clínica Sintonia, que foi citada em um processo administrativo como tendo prestado serviços para a Guarda Municipal sem participar de licitação. Solange esclareceu que a Clínica nunca teve nenhuma ligação com o órgão e que atende crianças e adolescentes com necessidades especiais, e afirmou não entender a razão do convite para comparecer à Câmara.
A psicóloga solicitou detalhes sobre o processo citado na reunião e pediu à Comissão que conferisse os dados para verificar a possibilidade de ser outra a clínica que deveria prestar esclarecimentos.
Na reunião foi ouvida também a psicóloga Maria Fernanda, dona da Laxmi Consultoria Empresa, que prestou serviços para a Guarda Municipal de novembro de 2006 a dezembro de 2008, aplicando testes psicológicos nos agentes da corporação. O procedimento era parte da preparação para o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal.
Fernanda foi questionada sobre um contrato que teria sido firmado entre a sua clínica e a Fundação Guimarães Rosa para a prestação dos referidos serviços. Segundo a psicóloga, ela prestou o serviço para a Guarda na condição de pessoa física, e para isso utilizou o espaço de seu consultório, localizado no mesmo endereço da Laxmi.
Testes fora da sede

Maria Fernanda disse que os testes eram feitos fora da sede da corporação porque esta não dispunha dos equipamentos necessários, além de não ser credenciada pela Polícia Federal para esse tipo de procedimento. Ainda de acordo com a psicóloga, o coronel Genedempsey Bicalho, secretário municipal de Segurança Patrimonial e Urbana, à qual a guarda é subordinada, acompanhou os trabalhos e foi quem autorizou a realização dos testes em outro local.
Elaine Matozinhos criticou a Fundação Guimarães Rosa por contratar pessoas físicas para aplicar testes que a própria instituição não tem condições de realizar. A Comissão Especial não chegou a fazer nenhuma deliberação, por falta de quórum necessário, já que apenas a vereadora Elaine e o presidente da Comissão, vereador Ronaldo Gontijo (PPS), estavam presentes.


Fonte: http://www.cmbh.mg.gov.br






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