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sábado, 5 de maio de 2012


Marcio Lacerda lidera, mas rejeição deverá fazer a diferença

Pesquisa feita pelo Instituto Sensus mostra que todos os concorrentes podem inverter vantagem atual do prefeito


Se a eleição municipal fosse realizada neste sábado (5), o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), seria reeleito com 42% dos votos, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, entre os dias 27 e 30 de abril (veja cenário 4 na arte). Apesar do bom desempenho do socialista, ele não lidera com folga. O baixo índice de rejeição dos outros candidatos pode mudar esse cenário ao longo do pleito.

A avaliação é do diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, que recorre ao quadro de limites de votos para mostrar que a maior parte do eleitorado ainda não definiu em quem votar. “Se você pegar essa pesquisa vai ver que dos nove nomes apresentados ao eleitor nenhum tem índice de rejeição acima de 35%. Todos estão tecnicamente dentro do jogo. O candidato é inviável quando esse índice está acima de 40%”, explicou o cientista político.

Dos mil eleitores que participaram da pesquisa, 18,8% deles afirmaram que não votariam em Lacerda. O deputado estadual Délio Malheiros (PV) e o deputado federal Eros Biondini (PTB) possuem os menores índices de rejeição, com 9,1% e 13,4%. Logo depois vêm os deputados estaduais Gustavo Corrêa (DEM) e Sávio Souza Cruz (PMDB), com 13,7% e 15,4%, respectivamente.


Lacerda 1

Já o principal adversário de Lacerda em 2008 e um dos pré-candidatos do PMDB ao pleito, o deputado federal Leonardo Quintão, tem o maior índice de rejeição, com 35,4%. Vanessa Portugal (PSTU), João Leite (PSDB) e Roberto Carvalho (PT) seguem com 29%, 28,3% e 20,4%.

Com base nos números revelados pela pesquisa espontânea realizada pelo Sensus, Guedes avalia que a liderança de Lacerda se deve ao fato de o eleitor ainda não ter encontrado um nome de oposição. “A tendência, agora, é ele mesmo. Entretanto, essa prevalência é vinculada à falta de concorrente, já que na espontânea sua aprovação não está alta, tendo em vista que ele está em pleno exercício do mandato”, afirmou. Ele cita como exemplo o pleito de 2008, quando o até então “desconhecido” Leonardo Quintão levou a campanha para o segundo turno. “O eleitor quer alguém para desempenhar esse papel”, disse.

A espontânea é quando o eleitor responde à seguinte pergunta: “Em quem você votaria para prefeito?”. Nesse caso, 12,4% responderam Marcio Lacerda. Em seguida vem Leonardo Quintão, com 1,9%. Do universo pesquisado 78,3% disseram que votariam em branco, nulo ou que estavam indecisos.

Também foram lembrados pelo eleitor o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), o vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) e o deputado estadual João Leite (PSDB).

O fato de o peemedebista estar em segundo lugar em todos os cenários apresentados pela amostragem não faz de Quintão o único nome de oposição a Lacerda. Segundo o cientista político, tudo depende de como os processos pré-eleitoral e eleitoral vão ocorrer. “Não tem como afirmarmos isso, já que, por nossa experiência, o nome dele foi mais citado por ter disputado o mesmo cargo em 2008”.

Para Guedes, a diferença de percentual entre o primeiro e o segundo colocados, apesar de parecer grande, não representa folga par a o socialista. Ele recorre a amostragens anteriores que apontam que 80% de tucanos e petistas não concordam com a aliança em torno de Lacerda. “Hoje, quando fazemos pesquisas, vemos que 80% do PT e do PSDB não aprovam essa aliança, por isso aparece espaço para a oposição”.

Além das pesquisas espontânea e estimulada, o levantamento traz a capacidade de transferência de votos do senador Aécio Neves (PSDB), da presidente Dilma Rousseff (PT), do ex-presidente Lula (PT) e do governador Antonio Anastasia (PSDB). Lula e Aécio tiveram empate técnico, conseguindo transferir para seus candidatos cerca de 14,4% e 14,6% dos votos, respectivamente. Já 11,4% disseram que só votariam no candidato de Dilma. Anastasia ficou com 8,7% dos entrevistados.

Para o cientista político, as lideranças citadas contam com baixa capacidade de transferência de votos no pleito municipal deste ano. Para Guedes, isso mostra que o mineiro não depende das indicações para escolher seu candidato. “O mineiro é muito independente. Além disso, nenhuma dessas lideranças ocupa o cargo pleiteado. Nessa eleição, a transferência de votos será praticamente ineficaz”. De acordo com ele, essa prática costuma funcionar em casos como o do então presidente Lula, que elegeu para esse cargo a até então desconhecida do eleitorado e ministra Dilma Rousseff.


Lacerda


http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/marcio-lacerda-lidera-mas-rejeic-o-devera-fazer-a-diferenca-1.441396 
Tags:  eleições, 2012, prefeitura, Belo Horizonte

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