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sexta-feira, 25 de maio de 2012

MORTE DE GUARDA CIVIL EM CELA COMUM REVOLTA POLICIAIS DA CORPORAÇÃO EM TODO O PAÍS




Irmão de policial morto dentro de cela 


quer indenização do estado de Goiás

Guarda Municipal, suspeito de roubo, estava na CPP de Aparecida de Goiânia.
Para família, vítima não recebeu proteção do estado e da Guarda Municipal.


O irmão do guarda municipal espancado até a morte dentro da cela,  José Queiroz, disse que vai procurar um advogado na segunda-feira (28) para entrar com ação na Justiça contra o estado e a Guarda Municipal, alegando que o funcionário não recebeu nenhum tipo de proteção, o que teria resultado na morte dele. Valdenildo da Silva Queiroz, 42 anos, estava preso e foi espancado por outros detentos dentro de uma cela da Casa de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia.
O velório do guarda municipal aconteceu na quarta-feira (23) na casa de um dos irmãos. A família quer entender porque Valdenildo foi levado para a Casa de Prisão Provisória sem que a família fosse avisada e ainda colocado em uma cela comum junto com outros presos.
Sobre o questionamento dos familiares, a Polícia Civil afirma que a polícia não tem obrigação de avisar à família sobre a transferência de preso, porque a custódia do detento é do estado.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou que a responsabilidade pelo preso, quando está na CPP, é da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep). Segundo a Agsep, foram feitas duas entrevistas com o preso: na chegada a CPP e no encaminhamento a carceragem. Em nenhum momento ele se identificou como guarda municipal ou apresentou documento profissional. As circunstâncias da morte do guarda municipal também serão investigadas pela Agência Prisional.
“Ele chegou lá como um desconhecido. E ele saiu daqui [delegacia] já acompanhado com a polícia, chegou lá [presídio] e colocaram em uma cela [com presos comuns]. Aconteceu uma briga lá e ele chegou a falecer”, lamenta José Queiroz.
Investigação
O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia investiga o caso. O delegado Maurício Massanobu Kai mostra que na guia de recolhimento do preso estava especificado que Valdenido era guarda municipal. Agora, ele vai ouvir agora os servidores da Agência Prisional para entender como o crime aconteceu.
“O guarda municipal, a partir do momento que é preso, ele não tem um local específico para ser alojado. Diante disso, ele vai para o sistema prisional comum, mas lá, algumas cautelas e medidas devem ser adotadas para evitar que seja misturado com presos comuns. E diante disso possa acontecer esse fato [agressões e assassinato]”, explica o delegado.
Indignação
Segundo o presidente da Associação Protetora da Guarda Municipal de Aparecida de Goiânia, Elisandro Vieira, enquanto agrediam Valdenildo dentro da cela, os presos gritavam ‘tira esse cana daqui, tira esse cana daqui’.
“É inadmissível colocar um agente da segurança pública fardado, que trabalha na rua, preso junto com o pessoal lá [detentos comuns]. Isso é inadmissível. Isso não acontece em lugar nenhum do Brasil”, revolta-se o presidente da associação.
Suspeito de roubo
Valdenildo, que era conhecido como Queiroz, era suspeito de roubo e ficou detido durante sete dias no 3º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, na Cidade Livre antes de ser transferido para a Casa de Prisão Provisória. Ele chegou à CPP no início da tarde de terça-feira (22). Horas depois foi espancado por vário detentos. Valdenildo chegou a ser socorrido no Pronto Socorro da unidade prisional, mas não resistiu e morreu.
De acordo com familiares e amigos, Valdenildo teria cometido o roubo, porque era usuário de drogas. O guarda municipal Wéverton José da Silva destaca que o problema da droga assola famílias de todo o país. “Toda a corporação está sujeita a isso [epidemia das drogas]”, pontua.

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