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quinta-feira, 29 de abril de 2010
Pedida CPI da 'arapongagem' na Guarda Municipal de BH
Vereador entregou o protocolo na Câmara Municipal nesta quarta
Rogério Wagner Mendes - Repórter - 28/04/2010 - 19:22
O vereador Cabo Júlio (PMDB) protocolou nesta quarta-feira (28) pedido de abertura de CPI para investigar espionagem na Guarda Municipal e a possibilidade de escutas em outras unidades municipais. A espionagem na Guarda Municipal foi registrada no Boletim de Ocorrência (BO) CIAD/P-2010-1098574, que integra o pedido. O resultado da Sindicância Interna que a corregedoria da guarda realiza, previsto para esta quarta, foi adiado para sexta-feira (30), uma vez que as investigações não foram concluídas.
“Queremos divulgar o resultado desta sindicância para encerrar o assunto. Existia uma previsão inicial de conclusão hoje (ontem), mas não foi possível. Até sexta-feira o resultado será divulgado. Com a conclusão da sindicância interna a CPI perde a razão de existir”, disse o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Paulo Lamac (PT).
Para o vereador a sindicância interna não encerra a necessidade da CPI para investigar a espionagem na Guarda Municipal. “Queremos uma investigação isenta, feita pela Câmara e acompanhada pelo Ministério Público”, afirmou. Apesar da necessidade de apenas 14 assinaturas para o pedido de CPI, Cabo Júlio conseguiu 17 vereadores favoráveis á investigação.
O pedido, agora, será avaliado pela Procuradoria da Câmara Municipal. Se atender a todas as exigências regimentais será lido em plenário. Os partidos, então, receberão um prazo para a indicação dos integrantes. Depois de indicados, os integrantes se reunião para a escolha do presidente e do relator. A vereadora Elaine Matozinhos (PSB) é cotada para a presidência.
A denúncia de espionagem na Guarda Municipal de Belo Horizonte foi apresentada pela vereadora Elaine Matozinhos e publicada com exclusividade no HOJE EM DIA do dia 15 de abril. Na ocasião, o secretário de Assuntos Institucionais prometeu apurar e determinou a abertura da sindicância interna que tinha prazo inicial de conclusão para ontem. A prefeitura, no entanto, não revelou os motivos de a investigação não ter sido concluída e da necessidade de aumento do prazo.
Pelo boletim de ocorrência, ao qual o HOJE EM DIA teve acesso com exclusividade, os guardas municipais Ivan Damasceno Araújo e Autemar de Souza Vilanova relataram que “ao assumirem o serviço (...) observaram que havia um microfone instalado de maneira suspeita na sala. Assim que observaram tal irregularidade, avisaram seu chefe direto, senhor Ivan Heitor, que solicitou que um dos dois retirasse tal escuta, que estava instalada no forro do teto. Assim que tentaram retirar foram impedidos pelo senhor Dirceu Nascimento, gerente de apoio técnico da Guarda Municipal, que segundo os dois retirou a escuta”. No BO, os dois denunciantes ainda relatam “que toda ação de retirada da escuta foi filmada e fotografada”.
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