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segunda-feira, 26 de abril de 2010
Vereador quer CPI para apurar grampolândia na Guarda Municipal
Extraído de: Hoje em Dia - 16 de Abril de 2010
Após confirmação de espionagem na Guarda Municipal, Cabo Júlio decide protocolar pedido na próxima semana
O vereador Cabo Júlio (PMDB) quer protocolar na próxima semana requerimento para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)para investigar a suposta existência de uma "grampolândia" na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
PBH apura escuta ilegal na Guarda
De acordo com ele, desde que foi confirmada espionagem na Guarda Municipal, conforme o Boletim de Ocorrência (BO) CIAD/P-2010-1098574, onde foi registrada a existência de uma escuta clandestina na Seção de Gerência de Segurança Física, outras denúncias de escuta e grampo telefônico têm chegado à Câmara.
O secretário de Assuntos Institucionais da prefeitura, Marcelo Abi-Saber, afirmou na noite de quinta-feira (15), quando participou da abertura do Orçamento Participativo 2011/2012, que tem conhecimento da espionagem na Guarda Municipal e que se houver outra denúncia de grampo ou escuta dentro da prefeitura ela será devidamente investigada.
"Toda denúncia que chegar até nós e que tiver fundamento será devidamente apurada. Esse é o tipo de coisa que não podemos admitir. Que não pode acontecer", disse. Mas Cabo Júlio está convencido de que a espionagem pode estar sendo praticada, também, em outras órgãos da administração municipal.
"Essa escuta na Guarda Municipal pode ser a ponta de um iceberg. Por isso é preciso a Câmara investigar. Hoje existe na prefeitura uma situação de insegurança. E não dá para acreditar que uma sindicância interna vá fazer uma investigação séria, porque existe todo um corporativismo dos servidores para protegerem os colegas que também são servidores", argumentou Cabo Júlio.
No boletim de ocorrência, ao qual o HOJE EM DIA teve acesso com exclusividade, os guardas municipais Ivan Damasceno Araújo e Autemar de Souza Vilanova relataram que "ao assumirem o serviço (...) observaram que havia um microfone instalado de maneira suspeita na sala. Assim que observaram tal irregularidade, avisaram seu chefe direto, senhor Ivan Heitor, que solicitou que um dos dois retirasse tal escuta, que estava instalada no forro do teto. Assim que tentaram retirar foram impedidos pelo senhor Dirceu Nascimento, gerente de apoio técnico da Guarda Municipal, que segundo os dois retirou a escuta". No BO, os dois denunciantes ainda relatam "que toda ação de retirada da escuta foi filmada e fotografada por eles".
O líder do prefeito na Câmara, vereador Paulo Lamac (PT), descarta a necessidade de uma CPI para investigar o caso, mas Cabo Júlio pretende protocolar o pedido para a investigação até a próxima quarta-feira. "Até lá já terei conseguir o número de assinaturas necessário, que é de 13 vereadores", disse.
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